quinta-feira, 28 de maio de 2015

Nada é por acaso




Passado

José Maria Marin iniciou sua carreira política em 1963, ano em que se elegeu vereador em São Paulo, filiado ao Partido de Representação Popular, fundado pelo integralista Plínio Salgado. Em 1969, tornou-se presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Na década seguinte, foi deputado estadual pela ARENA, proferindo discursos inflamados contra a esquerda e em defesa do assassino e torturador [delegado] Sérgio Fleury. Apoiou os movimentos que levaram à tortura, morte e desaparecimento de centenas de brasileiros. O mais notório deles foi publicado em 9 de outubro de 1975 no Diário Oficial do Estado de São Paulo. O texto criticava a ausência da TV Cultura na cobertura de eventos do partido e exigia uma providência para que a "tranquilidade" voltasse a reinar no Estado. Mais tarde, o discurso passou a ser visto como uma das causas que levaram à morte do jornalista Vladimir Herzog 16 dias depois.


Presente

O Brasil vive um momento conturbado. Brasileiros nas ruas e nas sacadas paneleiras, ainda que sem maturidade política, capitaneados por movimentos ultradireitistas como MBL e Vem Pra Rua, reivindicam o fim da corrupção, o fora Dilma e leve PT com você, e até a volta dos militares.

A galera resolveu se vestir de verde e amarelo e escolheu logo a camisa da seleção brasileira de futebol.

A CBF, entidade maior do futebol brasileiro foi presidida até bem pouco atrás por José Maria Marin. Ele assumiu o posto em decorrência da renúncia de Ricardo Teixeira que não suportou uma enxurrada de denúncias depois de 23 anos de “reinado”.

Já Marin encerrou seu mandato tampão em 2014, mas não largou o osso. Assumiu a vice-presidência.

Ontem, 27 de maio de 2015, o país amanhece com a notícia da prisão do ex-governador biônico, apoiador da tortura militar, ex-presidente da CBF, ex-executivo da FIFA, banido que foi de qualquer atividade relacionada ao futebol. A acusação? Corrupção.

No mesmo dia chegavam a Brasília alguns brasileiros que “caminharam” de ônibus até lá com o intuito de exigir a instalação do processo de impeachment da Presidenta Dilma. O já famoso “Fora Dilma e leve o PT com você”.

Todos integrantes e representantes da mesma turma que decidiu vestir a camisa da seleção brasileira de futebol.

Fonte de consulta: Wikipedia

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