terça-feira, 3 de março de 2015

Ídolos: carecemos mesmo?


Pobre da sociedade que precisa de ídolos para evoluir.

Precisamos sim de consciência política. Precisamos sim, e muito, de nos tornarmos cidadãos, na plenitude do significado. Urge que cumpramos nossos deveres e, na mesma proporção, cobremos nossos direitos de cidadãos.

Vivenciamos dois casos emblemáticos recentemente. Joaquim Barbosa, e logo depois Sérgio Moro foram elevados à condição de ídolos salvadores da Pátria. A bola da vez, como sugeriram ontem alguns manifestantes, será Rodrigo Janot? Ou daqui a poucos dias, Teori Zavascki?

A grande mídia nos dirá.

A falta de consciência política da sociedade promove aberrações desse tipo.

Ao transformá-los em ídolos conferimos a eles - incentivados em faina diuturna por uma imprensa pautada por interesses próprios e de seus representados - um poder excedente, uma falsa sensação de que são absolutos e inquestionáveis.

Sem medo de exagerar, recriamos os inquisidores.

O que se espera desses senhores, servidores públicos, e deles devemos cobrar, é que exerçam - e apenas isso - a função para a qual foram designados. E sempre com o mais elevado espírito republicano e respeito incondicional à Constituição.

Nada mais.