domingo, 13 de abril de 2014

O golpe da promotora e o silêncio dos "CRI"


O Ministério Público do Distrito Federal, através de petição enviada à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, requereu a quebra de sigilo telefônico para investigar uma possível chamada efetuada por José Dirceu. Uma investigação de âmbito administrativo do Complexo da Papuda não comprovou que o ex-ministro tivesse usado celular no dia 6 de janeiro passado.

Insatisfeita, a promotora de Justiça Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa determinou que todas as operadoras “informem as chamadas efetuadas/recebidas por meio das Estações de Rádio Base que captam sinais de aparelhos de telefonia móvel que operam nas coordenadas Latitude - 15º 47’56.86” S e Longitude - 47º 51’ 38.67” e Latitude -15º 55’04.51” S e Longitude 47º47’04.51” do dia 1.º de janeiro a 16 de janeiro de 2014”. Isso mesmo, ela quer todas as ligações efetuadas em 16 dias!

Excesso de zelo, diriam alguns. Talvez o jornalista denunciante tivesse se equivocado na data. No entanto, o laudo do engenheiro agrônomo Juvenal José Ferreira, contratado pela defesa de Dirceu, indica exatamente a área do Palácio do Planalto e da Papuda como os pontos solicitados.

Ingenuidade imaginar que uma promotora pudesse cometer tal erro. Além de tudo, supõem-se, muito bem assessorada.

Tão bizarro quanto o comportamento da representante do MP é a postura da grande mídia. Ninguém se indignou. Silêncio quase total. Nada de nada. Editoriais, colunas, painéis. Nada de Merval Pereira, Arnaldo Jabour, Sheherazade, Luiz Carlos Prates, Reinado Azevedo e demais  Conservadores Raivosos Indignados.

Mas ainda tenho esperança de que pelo menos os ex ídolos  Roger e o Lobão, nossos mais novos “CRI”, se manifestem.

Boto fé!


PS: Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes também não se mostraram contrariados. E o que isso tem a ver? JB tem se notabilizado por interferir em qualquer coisa que diz respeito aos condenados da AP 470, especialmente em relação a Dirceu e Genoíno. Já GM foi quem sugeriu que se investigasse a “vaquinha” dos condenados do PT. Ah, olha que coincidência... GM foi orientador de tese da promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa.

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