O Ministério Público do Distrito Federal, através de petição
enviada à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal,
requereu a quebra de sigilo telefônico para investigar uma possível chamada
efetuada por José Dirceu. Uma investigação de âmbito administrativo do Complexo
da Papuda não comprovou que o ex-ministro tivesse usado celular no dia 6 de
janeiro passado.
Insatisfeita, a promotora de
Justiça Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa determinou que todas as
operadoras “informem as chamadas efetuadas/recebidas por meio das Estações de
Rádio Base que captam sinais de aparelhos de telefonia móvel que operam nas
coordenadas Latitude - 15º 47’56.86” S e Longitude - 47º 51’ 38.67” e Latitude
-15º 55’04.51” S e Longitude 47º47’04.51” do dia 1.º de janeiro a 16 de janeiro
de 2014”. Isso mesmo, ela quer todas as ligações efetuadas em 16 dias!
Excesso de zelo, diriam
alguns. Talvez o jornalista denunciante tivesse se equivocado na data. No
entanto, o laudo do engenheiro agrônomo Juvenal José Ferreira, contratado pela
defesa de Dirceu, indica exatamente a área do Palácio do Planalto e da Papuda como
os pontos solicitados.
Ingenuidade imaginar que uma promotora pudesse cometer tal erro. Além de tudo, supõem-se, muito bem assessorada.
Tão bizarro quanto o
comportamento da representante do MP é a postura da grande mídia. Ninguém se
indignou. Silêncio quase total. Nada de nada. Editoriais, colunas, painéis. Nada
de Merval Pereira, Arnaldo Jabour, Sheherazade, Luiz Carlos Prates, Reinado
Azevedo e demais Conservadores Raivosos Indignados.
Mas ainda tenho esperança de
que pelo menos os ex ídolos Roger e o
Lobão, nossos mais novos “CRI”, se manifestem.
Boto fé!
PS: Joaquim Barbosa e Gilmar
Mendes também não se mostraram contrariados. E o que isso tem a ver? JB tem se
notabilizado por interferir em qualquer coisa que diz respeito aos condenados
da AP 470, especialmente em relação a Dirceu e Genoíno. Já GM foi quem sugeriu
que se investigasse a “vaquinha” dos condenados do PT. Ah, olha que coincidência...
GM foi orientador de tese da promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa.
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